Mitos e Verdades sobre Sherlock Holmes

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Sherlock Holmes é, sem dúvida, um dos personagens mais carismáticos da literatura. Criação de Conan Doyle, ele é ainda um dos mais prestigiados detetives. Sua importância é tal, aliás, que decidimos prestar uma breve homenagem a ele. Nesta, a apresentação de suas principais características e atitudes. Acompanhe:

Mitos e verdades sobre Sherlock Holmes


1 -  Sherlock Holmes existiu

Mito. Sherlock nunca existiu, embora haja pessoas que realmente acreditem nisso. Ele foi criado pelo médico e escritor escocês, sir Arthur Ignatius Conan Doyle, que se inspirou em seu professor de medicina, Dr. Joseph Bell, o qual fazia deduções com base nas evidencias que via: Roupas, acessórios e aparência de seus pacientes (uma espécie de dr.House).
“A maioria das pessoas veem, mas não sabem observar”, dizia o dr. Bell aos seus convivas. “Olhando de relance um indivíduo, a gente pode identificar-lhe o país de origem por suas feições; pelas mãos, a profissão e os meios de vida; e o resto da sua história é revelado pelo modo de andar, os maneirismos, os berloques do relógio, e até os fiapos que aderem às suas roupas.”
2 – Sherlock Holmes usava drogas.
Verdade. De fato por mais estranho que isso possa parecer nos dias de hoje, era muito comum a utilização da cocaína e da morfina em suas formas injetáveis naquela época e de maneira legal. Sherlock por sua vez abusava destas drogas além do ópio e do tabaco, em seus momentos de ócio e quando trabalhava em algum caso que exigisse muito de seu raciocínio.
 “O meu cérebro se revolta contra a estagnação. Dê-me problemas, dê-me trabalho, dê-me o mais abstruso criptograma, ou a mais intrincada análise, e estarei no meu elemento. Detesto a rotina monótona da existência. Preciso ter a mente em efervescência. E por isso que escolhi a minha profissão especial, ou melhor, criei-a, porque sou o único no mundo a exercê-la” (o signo dos quatro)
3 – Sherlock era apaixonado por Irene Adler.
Mito. Uma mentira muito difundida entre os mais diversos leitores seria que Sherlock teria se apaixonado por Irene na ”história um escândalo na boêmia”. Isto nunca ficou provado e não há argumentos suficientes para embasar tal afirmação. O que se pode dizer é que de fato ele a achava uma mulher muito interessante e lhe admirava sobremaneira a ponto de guardar uma foto sua em seus pertences pessoais.
“Nunca se pode confiar demasiado nas mulheres… nem nas melhores delas.”
( O Signo dos Quatro)
“Eu não sou um fanático admirador da espécie feminina”.
(O vale do Terror)
“O coração e a mente de uma mulher são enigmas insolúveis para o homem”.
(O Cliente Ilustre)
4 – Sherlock tinha um irmão mais inteligente que ele.
Verdade – Muitas (muitíssimas) pessoas não sabem disso, mas realmente, Sherlock tinha um irmão mais velho e bem mais inteligente que ele. Seu nome era Mycroft Holmes, ele trabalhava para o governo e funcionava como uma espécie de arquivo, pois graças a sua memória quase interminável, conseguia processar dados e fatos ocorridos a médio e longo prazo, além de ter um senso dedutivo muito aguçado.
5 – Elementar caro Watson
Essa é uma das frases mais famosas do detetive e é muito difundida mesmo entre os mais fanáticos leitores. Quanto a isso tudo bem, tirando o fato de que Sherlock Holmes em momento algum falou isso em nenhum de seus livros. Esta frase na verdade foi utilizada pelo ator e diretor William Gillette, em 1989, quando este interpretava o detetive no teatro. Desde então a frase ganhou muita repercussão e foi aderida ao vocabulário Sherlockiano
6 – Sherlock foi assassinado.
Mito – Em nenhum lugar do cânone você vai encontrar algum relato sobre como Sherlock teria morrido, portanto todas as vertentes que tentam comprovar este fato não passam de teorias. Embora isso fosse possível, já que durante a carreira o detetive acumulou vários inimigos.
7 - Doyle não gostava de Sherlock.
Verdade – Pode soar estranho pra muitos, o fato de um autor não gostar de seu personagem principal. Seria como se J.K Rolling não gostasse de Harry Potter.
Acontece que Doyle não era um aficionado por esse tipo de romance policial, e na verdade não gostava de escrever as histórias do detetive. Ele tinha vontade de escrever outros segmentos de literatura, e resolveu que Sherlock morreria numa luta a beira de uma cascata com seu inimigo Dr. Moriati.
“Finalmente, após ter escrito duas séries, percebi que corria o risco de forçar a mão e ser para sempre identificado com algo que a meu ver representava o nível mais baixo da criação literária. Consequentemente, como prova da minha determinação, resolvi pôr fim à vida de meu herói. A ideia já me ocorrera durante umas curtas férias na Suíça, quando conheci as maravilhosas cataratas de Reichenbach, um lugar terrível, e que se me afigurou um túmulo digno do pobre Sherlock, ainda que com ele eu enterrasse a minha conta bancária”
Doyle – Sobre a ideia de matar Holmes -
De fato você encontra essa história no livro “O Problema Final”, a questão é que Sherlock Holmes havia adquirido tamanha popularidade, a ponto de os leitores protestarem exigindo o retorno do personagem. Doyle então não teve escolha e voltou a escrever as histórias, lançando o “Cão dos Baskerville” e em seguida “O Retorno de Sherlock Holmes” sob o pretexto de que a queda da cascata teria sido fatal apenas para Moriati.