Uma das formas de decifrar essa comunicação é estudando os neurônios em laboratório. Os cientistas já sabem que essas células disparam potenciais de ação, pulsos elétricos gerados quando a membrana libera ou absorve átomos carregados magneticamente. Acredita-se que esses disparos sejam a principal forma de comunicação entre eles nas sinapses, os pontos onde as terminações de dois neurônios se encontram, e que seriam estimulados ou inibidos por algumas substâncias químicas, os neurotransmissores. Mas essa pode ser apenas uma das formas de comunicação. Já se sabe que, em alguns casos, os neurônios estão separados uns dos outros por apenas um furo. Em março deste ano, cientistas da Universidade de Copenhague, Dinamarca, propuseram um modelo em que a principal forma de comunicação entre essas células seriam ondas sonoras – e não a eletricidade.
Para piorar, nenhum desses circuitos é fixo. O que sabemos hoje é que o cérebro é bastante maleável. Ele não só produz novos neurônios a vida inteira (apesar de ninguém saber muito bem que uso eles têm), como modifica constantemente as ligações entre eles. Os circuitos que usamos para cada tarefa mudam com o tempo e com as atividades que desenvolvemos ao longo da vida.
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